EU NÃO COMO PIZZA

EU NÃO COMO PIZZA

Quantas vezes você já sofreu bullying ou preconceito porque não podia comer certos alimentos “do senso comum”?

Como você se sentiu depois de ter sido alvo de brincadeiras sem graça a respeito da sua alimentação ou de como você cuida do seu corpo e da sua saúde?

Por que procurar comer “certo” ou saudável de acordo com a sua realidade de saúde é ainda algo a ser discutido?

Não faz sentido você comer ou beber algo porque o outro quer que você coma. Faz?

Então porque você cede? E se você não cede, porque isso gera um problema?

Pois se você gosta de fulano(a) e quer ter ele(a) por perto ou confraternizar com ele(a) porque a escolha do que o outro vai comer te aflige tanto?

Se o sentido de estar junto é a companhia do outro, qual o problema de estarmos juntos, comendo coisas diferentes ou dentro da realidade de cada um?

Quando se restringe algo na alimentação por um benefício de saúde como parte de um tratamento de uma doença isso deve ser bem aceito por parte de quem faz a restrição e pelos outros que convivem com essa pessoa, que supostamente o(a) amam e querem seu bem, correto?

Quando se restringe alimentos apenas por modismos ou por estética, talvez a interpretação possa ser diferente…

Uma vez um moço me convidou para sair e queria me levar para comer pizza. Eu disse que não comeria pizza, porque não posso comer lácteos. Sabe o que ele me disse: assim fica difícil né? E, eu pensei, sabe de nada inocente!

Como se não existe nenhum outro tipo de alimento ou de comida (ou até de programação) para se convidar alguém para sair. Sabe o que isso significa? Que ele não estava tão interessado assim, se não, teria contornado a situação. Afinal, o único objetivo era se ter alguém que se gosta ou que se tem interesse por perto, e não o que eu iria comer ou não!

Por isso, sempre falo para meus pacientes: veja bem se realmente vale a pena abrir mão da sua alimentação ou do seu tratamento nutricional por algo que será apenas momentâneo, e talvez até frustrante!