Quem não teve sua ansiedade aumentada (e muito) nesse período de quarentena, que atire a primeira pedra!!!!!
Muitos relataram que a ansiedade aumentou, no sentido de comer mais (volumizando refeições) ou no sentido de comer mais doces (guloseimas, em geral), muitas vezes repetidamente durante os dias, o que implicaria numa piora rebote da ansiedade, por si só, e uma piora da vontade de comer, cada vez mais.
Parece que esse círculo vicioso não tem fim, mas tem sim!!!
Existem várias estratégias nutricionais e de “estilo de vida” que fazem uma diferença enorme para aprendermos a domar nossa ansiedade, mas como tudo na vida, é preciso colocá-las em prática constantemente, para que o efeito possa se instalar e ficar.
Antes de falar das estratégias, gostaria que você ficasse atento também ao fator genético: podemos descobrir, por meio do teste genético nutricional, nossos polimorfismos genéticos relacionados à ansiedade, nos tornando mais ou menos susceptíveis a ter problemas com ela.
Nesses casos, recomendo mais atenção ainda ao que se passa com você mesmo, a como você encara as coisas e principalmente ao que você vem comendo como base da sua rotina alimentar.
Já sabemos que comer muito carboidrato refinado e muito doce só faz aumentar a ansiedade, a irritabilidade, e o nervosismo, mas no momento em que se come, a sensação de prazer é imediata e confortante, porém, apenas momentânea!
Esse círculo vicioso faz com que, quando a pessoa não se sente bem em relação a algo, ela busque a válvula de escape na comida, e isso é registrado no cérebro, por isso, é tão comum ficar “dependente” desse momento de prazer.
É preciso, que a pessoa que trata ansiedade, entenda que ela é capaz de modificar padrões, sinalizando para sua mente e seu cérebro outros sinais de recompensa, ao invés da comida.
Como fazer isso?
Cada caso é um caso, e todos sabemos que a conduta deve ser individualizada, mas no geral, algumas das dicas que proponho podem ajudar bastante:
– comer de forma equilibrada: reduzindo a ingestão de carboidratos simples e doces; fracionando a dieta e ingerindo frutas, por exemplo, em determinados horários do dia;
– introduzir chás com funções calmantes ao longo do dia: como camomila, erva cidreira, melissa, mulungu, lavanda, jasmin;
– aumentar o consumo de alimentos com efeito calmante ou liberadores de serotonina, como castanhas, cereais integrais, quinoa, banana, frutas secas…
– treinar com frequência e aumentar os treinos aeróbicos, pois liberam mais neurotransmissores relacionados ao prazer e sensação de recompensa no cérebro;
– meditar e praticar yoga, se possível, diariamente;
– parar para respirar pelo menos 2 vezes ao dia, sentindo apenas você no momento presente;
– usar aromaterapia ou incensos com funções calmantes, ao deitar ou quando estiver trabalhando: o de lavanda, para mim é tudo de bom!
– ouvir mantras: uma delícia que me habituei a fazer desde que iniciei a yoga há 3 anos!
– usar florais: existem possibilidades de essências das flores que, por meio, da ressonância fazem nosso corpo responder ao estímulo da vibração das essências florais.
Sugiro que você inicie algumas dessas etapas: assim como incentivamos nossos pacientes a irem acertando a alimentação aos poucos, sugiro que você leia e releia esse post quantas vezes forem necessárias, e escolha alguns itens que mais te chamaram a atenção para você começar a colocar em prática esse processo de autocontrole!
Vale muito a pena!